
Selo Ambiental
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Rótulos de Organizações ambientais
São as rotulagens conduzidas por órgãos independentes dos fabricantes. Elas podem ser voluntárias e aplicadas por terceiros com critérios bem definidos. São positivas e normalmente transformadas em produtos de marketing das empresas. Também podem ser mandatárias, quando o fabricante é obrigado pelo governo a prestar informações. Os rótulos mandatários podem ser informativos quando contêm informações técnicas e de alertas, ou podem ser avisos de risco, quando informam os danos causados ao ambiente ou à saúde, como é observado atualmente no caso dos alimentos geneticamente modificados. Atualmente, para os produtores, a rotulagem ambiental tem sido encarada como um instrumento para resolver os problemas ambientais, pois para a maioria das pessoas, basta um selo dizendo que o produto é ambientalmente correto para que suas vendas disparem. www.cepea.esalq.usp.br cepea@esalq.usp.br; porém, é importante ressaltar que a implantação de um selo verde é uma atitude de muita responsabilidade perante a sociedade, já que a questão ambiental é um problema de interesse geral e um rótulo que não é sério, ou seja, que não cumpre sua função adequadamente, acaba prejudicando não só o ambiente, mas toda a sociedade e a credibilidade no próprio sistema de rotulagem. Há vários selos e a ISO os classifica basicamente em três tipos: 9 Selo tipo I: é o “selo verde” dos produtos; 9 Selo tipo II: declarações ambientais feitas pelos fabricantes e produtores sobre a qualidade ambiental dos seus produtos; 9 Selo tipo III: semelhante ao tipo I, porém obriga a que os produtos possuam em suas embalagens o detalhamento dos impactos ambientais referentes a cada um dos seus elementos constituintes.
Histórico da rotulagem ambiental
Durante a década de 1940, surgiram os primeiros rótulos obrigatórios, que obedeciam a legislações sobre saúde e meio ambiente, principalmente na área de agrotóxicos e raticidas, contendo especificações sobre uso e armazenagem. Foi na década de 1970, devido à pressão feita pelo movimento ambientalista, que surgiram os rótulos voluntários para produtos orgânicos. Esses rótulos poderiam ser fornecidos por entidades ambientais ou pelo agricultor. Nas décadas de 70 e 80, houve um aumento nas discussões sobre temas transfronteiriços, como a redução da biodiversidade, a destruição da camada de ozônio, as mudanças climáticas, a chuva ácida, entre outros. Os fabricantes de “produtos verdes” passaram a usar ações de promoção (em programas de marketing) para informar suas práticas ambientalistas e conquistar consumidores “verdes”, agora em número muito maior. Contudo, para divulgar as boas práticas ambientais e conquistar novos mercados, os produtores passaram a utilizar os selos ambientais em larga escala. Como exemplos de alguns dos principais rótulos pode-se citar: O Blue Angel (ou Blau Engel): é um selo governamental, de iniciativa do Governo alemão, e de propriedade do Ministério de Meio Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear. Foi criado em 1978, sendo considerado o programa mais antigo desse tipo. www.cepea.esalq.usp.br * cepea@esalq.usp.br Abrange, atualmente, cerca de 3.600 produtos, e atua em especial na certificação das seguintes categorias: tintas de baixa toxicidade, produtos feitos com material reciclado, pilhas e baterias, produtos sem CFC (clorofluorcarbonetos) e produtos químicos de utilização doméstica; O Green Seal: selo criado nos Estados Unidos, em 1989, de iniciativa privada e organização independente, sem fins lucrativos, tendo como objetivo criar parâmetros ambientais para produtos, rotulagem de produtos e educação ambiental naquele país. Alguns produtos certificados por ele são: lâmpadas fluorescentes compactas, detergentes domésticos, papel de jornal, óleo recondicionado, equipamentos de irrigação, sistema de rotulagem plásticos. É pequeno o número de empresas estrangeiras que possuem este selo. Segundo Braga & Miranda (2002), até 1996, das 17 empresas com produtos rotulados só havia 3 empresas canadenses rotuladas. O Ecolabel: selo criado em 1992, por decisão do Parlamento Europeu e implementado pelo Conselho da União Europeia, tendo como objetivo adotar um rótulo único na União Europeia. O selo é voluntário, porém é exigido pela União Europeia aos produtos importados, levando em consideração o Ciclo de Vida do produto. As categorias avaliadas são: máquinas de lavar louça, adubos para solo, papel higiênico, papel de cozinha, detergente etc. Este é o primeiro selo regional e transnacional. A certificação tem validade por um período máximo de três anos, após o que é necessário que a empresa passe por nova avaliação. O Selo de Qualidade Ambiental ABNT: (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é um selo representante da ISO no Brasil. A ABNT tem um programa que visa a suprir as necessidades do Brasil na área de certificação e possui algumas famílias de produtos selecionados para certificação: papel e celulose, couro e calçados, eletrodomésticos, aerossóis sem CFC, baterias automotivas, detergentes biodegradáveis, lâmpadas, móveis de madeira, embalagens, cosméticos e produtos de higiene pessoal. A ABNT tem como objetivo certificar os produtos disponíveis no mercado, considerando seu ciclo de vida e dinamizar a criação de novos programas de certificação ambiental de www.cepea.esalq.usp.br * cepea@esalq.usp.br produtos onde seja necessário. Ela também busca seguir os padrões internacionais de certificação, buscando ser um padrão de referência como o “rótulo ecológico brasileiro”. O aparecimento de Blue Angel provocou uma proliferação de países buscando a rotulagem ambiental (Canadá, países nórdicos, Japão, Estados Unidos, França, Índia, Nova Zelândia, Taiwan, Espanha, entre outros). Isto gerou alguns problemas, como por exemplo o protecionismo de alguns países às suas indústrias através da exigência de rótulos ambientais como requisito para que produtos de outros países possam entrar no mercado. Devido a essas exigências, alguns fabricantes passaram a declarar informações incertas em seus rótulos causando um uso indevido dos termos “reciclável”, “biodegradável”, “sem CFC”, e “protege a natureza”, e com isso reafirmando a necessidade de uma padronização com relação às informações e termos utilizados, tanto regional como transnacionalmente. Devido a esse aumento exagerado de selos ambientais, a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) elaborou um levantamento, em 1990, das características dos selos existentes e sua compatibilização com o GATT-Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio. A questão da rotulagem passou a ser discutida em âmbito internacional por vários órgãos como a ONU (Organização das Nações Unidas), a própria OCDE e a OMC (Organização Mundial do Comércio), além de ser discutida também pela ISO (Organização Internacional de Normalização). Há uma crítica geral a respeito do elevado número de rótulos ambientais existentes no mercado, o que leva a questionamentos sobre a própria concessão desses rótulos e sua aceitação no mercado. Consequentemente, se estas rotulagens traduzem os reais interesses da sociedade quanto às questões ambientais. Observa-se não só processos de rotulagem conduzidos por entidades certificadoras, mas também uma proliferação de auto rotulagens pelas empresas, muitas vezes priorizando interesses diretamente ligados a melhorar o seu desempenho comercial. Diante disto, observa-se uma extensa gama de critérios que têm sido adotados nesses processos de rotulagem, nem sempre coincidentes. A rotulagem é um dos temas tratados nas normas técnicas notificadas pelos países ao Acordo de Barreiras Técnicas (TBT) da OMC, destacando-se como uma das justificativas mais recorrentes para a imposição de exigências técnicas. A rotulagem ambiental enquadrasse não somente sob o objetivo da proteção ambiental como também sob o escopo da www.cepea.esalq.usp.br * cepea@esalq.usp.br prevenção de práticas enganosas (ou seja, tendo como objetivo prover informação ao consumidor).
O selo verde é uma certificação para produtos, serviços e empresas que produzem de forma sustentável, ou seja, com ações de menor impacto ambiental e socialmente responsáveis.
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O selo verde também é conhecido como certificação verde ou eco selo. Seu principal objetivo é chancelar empresas e fabricantes que adotam práticas, medidas e procedimentos socioambientais responsáveis. Ou seja, é uma garantia de que a empresa mantém um sistema de gestão ambiental, que garante a proteção dos recursos naturais e a saúde humana.
Além disso, o selo verde orienta consumidores a adquirir produtos que causem impactos ambientais reduzidos. Ao estampar nos produtos a marca Selo Verde, fica claro para o comprador que se trata de uma marca ambientalmente responsável. Passa a ser, também, um diferencial e um atrativo na hora das vendas.
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O selo verde traz algumas vantagens para as empresas. As marcas agregam valor e credibilidade aos seus produtos e ocorre uma diminuição de custos e desperdícios. O cumprimento e conformidade com a legislação também diminui riscos de operação e abre chances de exportação e parcerias com outras empresas, aumentando suas vendas e faturamento.
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Tipos de selo verde
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De acordo com a Organização Internacional de Padronização (ISO), que tem a atribuição de normatizar serviços, produtos e organizações, a partir da criação de normas e requisitos para padronização, existem dois tipos de selo verde: Concessão por entidade externa: confirma que o produto ou serviço é ambientalmente seguro. Exige mais informações e processos detalhados para a certificação.
Autodeclaração: a própria empresa afirma que seu produto é reciclável ou consome pouca energia. A ISO estabelece normas para a verificação das declarações das empresas, como forma de evitar o greenwashing pelas empresas.
Para conseguir o selo verde, é preciso seguir as normas e legislações ambientais para o setor. Veja o passo a passo:
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Faça um diagnóstico e identifique o melhor selo verde para o seu negócio. Identifique os objetivos e propósito para ter o selo verde. A partir daí, análise qual o selo mais adequado ao seu negócio.
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Pesquise critérios e exigências do selo.
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Realize os ajustes necessários, analisando sua empresa.
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Retire a certificação do selo com a instituição responsável

O selo de Preservação socioambiental é uma forma de comunicar para os consumidores que a sua empresa é sustentável na prática ecologicamente correta. Ao participar a sua empresa irá fazer a compensação ambiental de maneira descomplicada e rápida através da emissão dos Certificados (selo ecológico)em suas Embalagens. O impacto do selo começa na união de todos os agentes da cadeia de socioambiental , promovendo a responsabilidade social. Enquanto isso, os consumidores podem reconhecer e optar por empresas que investem e contribuem para a conservação do planeta. Além disso, é através do selo ambiental que criamos e divulgamos conteúdos que buscam promover educação e conscientização ambiental para o público em geral.
O Certificado de selo ambiental irá adequar sua empresa à legislação ambiental vigente. a empresa receberá um certificado intransferível e exclusivo, de valor equivalente ao projeto. Todos os contratantes terão gerados periodicamente um relatório de impacto socioambiental com todos os resultados gerados através da nossa parceria. Os rótulos ambientais são selos que visam a informar ao consumidor algumas características sobre o produto. Os rótulos ambientais costumam ser conhecidos também como “selo verde”, “selo ambiental” ou “rótulo ecológico” (Biazin e Godoy, 2000).
O selo verde é uma certificação para produtos, serviços e empresas que produzem de forma sustentável , ou seja, com ações de menor impacto ambiental e socialmente responsáveis.
